Diante dos
inúmeros acontecimentos destes dias, diante de tanta agitação e barulho justo,
temos os barulhos que nos incomodam diariamente como o barulho de carros, som
alto (alguns mal-educados usam mesmo isso dentro de ônibus), outros são nossos
vizinhos que querem mostrar para todos que conseguiram comprar um novo
equipamento de som potente e que de agora em diante, todos são obrigados a escutá-los
e assim por diante.
Penso que
precisamos de um período de meditação e silêncio para também escutar a voz de
Deus que quer falar em nossa vida agitada. Para alguns é o mês das férias, mês
de crianças em casa, mas isso não impede ninguém de buscar, mesmo dentro desta
agitação bonita, alguns minutos para fazer uma pequena meditação e encontrar-se
consigo mesmo e com Deus.
Como já foi
dito num dos artigos anteriores sobre um antigo provérbio que diz: o silêncio
vale ouro! E como nós estamos tão pobres dele. É preciso buscar o silêncio
criador, o silêncio da paz interior, o silêncio que nos humaniza e nos permite
descobrir a profundidade das coisas e das situações, do silêncio que nos coloca
em contato com a experiência espiritual e nos proporciona a abertura para escutarmos
a Deus nosso criador.
Uma dica fácil
para um tempo de meditação é encontrar algumas músicas tranquilas que levem a
este clima. Para os que têm computador em casa, sugiro as músicas de Taizé, que
por si só, já elevam a alma. Escolha duas ou três, ou ponha no modo de
repetição, diminua as luzes do lugar onde você se encontra e se possível acenda
uma vela, assim criará um clima propício a sua meditação e oração pessoal.
O que fazer
com as crianças nestes momentos? Risos! Parece uma missão impossível, mas
porque não fazer este tempo também com seus filhos? Eles também precisam
aprender a acalmarem-se. Vendo vocês quietos eles também vão querer fazer o que
fazem. Tentem!
É necessário
insistir no valor do silêncio para as crianças e a juventude dominada pelo
barulho e pela gritaria. Os pais e os demais responsáveis deveriam fazer um
esforço de ensinar no silêncio e para o silêncio. É preciso encontrar um tempo
para buscar essa paz interior tão necessária a nós e as nossas famílias. Assim
estaremos já fazendo uma pequena diferença no mundo, pois essa diferença começa
a partir de nós mesmos.
A realidade
demonstra que ainda temos que caminhar muito para alcançarmos uma qualidade de
vida melhor e mais digna, claro que também melhorar as relações com os nossos
semelhantes. Este é um pequeno de muitos passos, que se houver esforço da sua
parte poderá alcançar novos patamares na sua vida espiritual e familiar também.
Meus desejos de uma boa saúde espiritual, muita oração e muita paz. E como diz
uma das músicas de Taizé: “Confiemo-nos ao Senhor, Ele é justo e tão bondoso.
Confiemo-nos ao Senhor. Aleluia”.
Pe. Alexandre
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