sexta-feira, 7 de junho de 2013

Obras de Misericórdia: você conhece?



 
 

Antigamente, na catequese ensinavam-se as Obras de Misericórdia. Hoje em dia quase não se fala sobre essas obras e o que é pior, quase não se vive, também. As Obras de Misericórdia corporais são: Dar de comer a quem tem fome; Dar de beber a quem tem sede; Vestir os nus; Visitar os doentes; Visitar os presos; Acolher os peregrinos; Enterrar os mortos. Obras de Misericórdia Espirituais são: Dar bom conselho; Corrigir os que erram; Ensinar os ignorantes; Suportar com paciência as fraquezas do próximo; Consolar os aflitos; Perdoar os que nos ofenderam; Rezar pelos vivos e pelos mortos.

Na descrição do Juízo Final no evangelho de Mateus Jesus fala das obras de misericórdia corporais: “Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; doente e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim” ( Mt 25:34-36).

Dentre as obras corporais uma destaca-se pela sua relevância e simplicidade: visitar os doentes. Quando estamos doentes, de cama, ficamos fragilizados corporalmente e espiritualmente. Questionamo-nos onde nos descuidamos da saúde, o porquê dessa doença, quando já temos tantos problemas financeiros, familiares. E agora uma doença, gastos com remédios... 

Então nos recordamos das palavras de Cristo: "Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8:34). A doença é a cruz que Jesus nos dá para segui-lo. Ao doente cabe aceitar a vontade de Deus, tomar os medicamentos, cuidar para o restabelecimento da saúde. E os demais católicos, o que pode fazer para ajudar seu irmão em Cristo, além de rezar por ele?

Visitá-lo! Mas, essa tarefa de visitar os doentes não é da Pastoral da Saúde? Do padre? Dos ministros da eucaristia? Não! Não é somente deles, é de todo cristão. Todos têm o dever de fazer esse apostolado. A começar pelos próprios familiares, os vizinhos, os agentes de pastoral, de qualquer pastoral ou movimento: RCC – Renovação Carismática Católica, Mãe Peregrina, EJC, ECC, Catequese, Liturgia, Sobriedade, Batismo, etc. Em todos esses movimentos e pastorais tem pessoas que podem praticar essa obra de misericórdia.

Que tristeza quando uma pessoa queixa-se da Igreja Católica, falando: “quando estava doente, ninguém foi me visitar”. Que tristeza quando um católico que participa de um grupo de oração reclama que quando estava acamado não foi uma única pessoa da RCC na casa dele. Que tristeza quando uma comunidade inteira vê um fiel passando mal na Santa Missa e depois ninguém vai visitá-lo. Que tristeza quando um agente de um movimento faz uma cirurgia e dentre todos os membros desse movimento ninguém vai saber como ele está. Que tristeza quando um catequista fica doente e nenhum de seus catequizandos liga ou envia mensagem por e-mail ou facebook para saber dele.

Quantos doentes em nossas paróquias aguardam uma visita, uma palavra de conforto, um simples telefonema. A correria do dia a dia é grande, para todos. Apesar disso todos encontram tempo de assistir as novelas, ao jogo de futebol, para jogar baralho, dominó, passear, mas não tem tempo para visitar um amigo ou familiar que está doente.

Talvez se meditássemos um pouco nas palavras de Cristo que consta no capítulo 25 do evangelho de Mateus, lembrássemos que seremos julgados pela fé que vivemos e o amor que praticamos, pelas nossas obras feitas por amor a Deus. “Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a Mim mesmo que o fizestes” (Mt 25:37-40).

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