quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da Mulher

Violência x Valorização da Mulher
Hoje dia 08 celebramos com todo valor e dignidade que merece o “Dia Internacional da Mulher”, mas hoje queremos refletir um pouco sobre a condição atual da mulher, frente a uma onda crescente de violência contra a mesma. Não precisamos ir longe, olhemos dentro de nossa Cidade, quantas e quantas mulheres são vítimas da loucura de alguns homens que tratam a mulher como objeto e delas se acham dono. Esta violência se apresenta de várias maneiras que vão desde a discriminação, passando pela agressão física e psicológica e o assassinato.
Uma das formas que, infelizmente, no decorrer dos séculos se tornaram comum, é a violência doméstica que é exercida por coerção (repressão) envolvendo abuso físico ou ameaças de abuso físico, podendo incluir repetidos abusos psicológicos, abuso sexual, isolamento social, punição, intimidação, privação, perda dos filhos ou ainda usar o fator econômico para dominar a mulher.
Existem meios que tentam ajudar a mulher em situação de risco, como por exemplo, a Delegacia da Mulher, algo impensável há 30 anos; a Lei Maria da Penha foi um grande avanço na defesa da mulher. Porém, as derrotas são grandes também, basta olhar a quantidade de mulheres violentadas e assassinadas nestes últimos tempos. Somente aqui em Guarulhos o caso Mércia e mais recentemente em nossa Paróquia a jovem Bruna que foi friamente e brutalmente assassinada e até o presente momento ninguém foi punido pela crueldade exercida contra essas nossas irmãs.
As mulheres prestam queixa contra os seus perseguidores (ex-maridos, ex-companheiros, ex-namorados, etc.), que muitas vezes não resulta em nada. Lembremo-nos da cabelereira que tinha feitos vários boletins de ocorrências, instalou câmeras de segurança que só serviram para gravar a frieza daquele que a assassinou diante de todos. A primeira pergunta que vem na mente de cada um é porque a polícia nada fez? Do que adiantou denunciar os maus-tratos e a perseguição? Perguntas que dificilmente conseguimos dar uma resposta aceitável.
Mas do que nunca a justiça precisa agir. Precisamos de Leis mais duras para todos os crimes e de modo particular estes. O que está sendo feito pelos setores da sociedade? Falta a atuação dos nossos representantes (municipais, estaduais e federais), mas também de cada um de nós que sabendo de um destes abusos não devemos ser omissos. Há o disque-denúncia (0800-15 63 15
www.disquedenunciasp.org.br)
que é um meio para se combater aquilo que demonstra o pior do ser humano. Não tenha medo, ajude a fazer a justiça da forma certa!
Rezar é bom é faz bem, mas não é o suficiente para que a situação mude. Muito ainda precisa ser feito, senão amanhã a mulher assassinada pode ser a sua mãe, sua irmã, sua filha, etc. Precisamos de atitudes firmes e concretas que começam com o reaprendizado dos valores religiosos, que aos poucos estão sendo esquecidos de nossas casas. É preciso fazer com que nossos filhos desde cedo compreendam o valor de ser família e pertencer a uma família.
Cada vez que as pessoas se afastam de Deus, se tornam irracionais e agem de forma bestial. Desafio para nós cristãos, católicos e batizados: recuperar o sentido de ser uma Igreja doméstica onde a prática do amor seja mais que palavras, onde os ensinamentos de Cristo sejam gravados na consciência e no coração de cada pessoa a fim de que estas barbaridades deixem de acontecer e a cada pessoa possa ter seus direitos respeitados e sua dignidade valorizada.
Que a Virgem Maria, mulher e modelo de mãe filha, abençoe e interceda junto ao seu Filho, por nossa mulheres!
Fraternalmente
Pe. José Alexandre dos Santos.


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