Há alguns dias recebi um e-mail que trazia uma reportagem com o título: “Senadora Marta Suplicy propõe o encerramento da família tradicional”, antes de ler fiquei pensando se ela já tinha encontrado uma nova forma de “criar” seres humanos sem a ajuda de um homem e uma mulher, talvez ela tenha sido muito criativa a ponto de fazer a cegonha trazer mesmo uma criança como diziam os pais para as crianças que ainda não entendiam o processo maravilhoso de fecundação, da formação de um novo ser humano, "imagem e semelhança de Deus" (Cf. Gn 1:26).
Ao ler fiquei ainda mais pensativo porque era criatividade demais da parte da excelentíssima senadora. Ela junto com uma comissão especial de diversidade sexual da Ordem dos Advogados do Brasil propunha uma Emenda à constituição para se acabar com a família tradicional e até mesmo a retirada dos termos PAI e MÃE dos documentos. Confesso que fiquei pensando o que deveria vir no lugar de pai e mãe, mas nenhuma palavra me veio à mente.
Ah sim! Os pais que ganham presentes nos dias festivos (dia dos pais e das mães) deveriam ficar preocupados porque ela também deseja acabar com estas datas para não constranger as crianças que não tem pai e mãe, ou melhor, que os pais e mães não os assumiram. É preciso criar pessoas responsáveis e não destruir aquilo que é patrimônio da humanidade, aquilo que é a célula vital. Por que será que se quer tanto destruir a família?
Reflito sobre isto e me pergunto se esta é uma preocupação somente minha ou tem mais gente que perde tempo com isso? De uns tempos para cá grande parte dos segmentos da nossa sociedade querem desconstruir valores e figuras que nos são importantes, e digo que importantes para humanidade inteira, porque pode ser que muita gente diga que pelo fato de ser católico é que defendo tais coisas, mas o que seria a humanidade sem valores claros?
Pense comigo: por mais que desejem um estado laico, ou seja, não confessional, essas pessoas não podem negar que grandes ensinamentos que temos hoje vieram da religião. Querem acabar com a família, nossas escolas não são mais lugares de cidadania. A filosofia chama este processo de desconstrução. Estão desconstruindo tudo para formar o “homem livre” de tudo e de todos, o amoral, aquele que faz o que vier na cabeça. Leis e normas só para garantir sua liberdade individual.
Na nossa reciclagem, momento formativo dos padres, Dom Benedito Beni, alertava para a desconstrução do ser humano, e o quanto isto é verdade. O homem está sendo destituído de todos os valores e de todas as figuras nas quais se espelhava para formar sua identidade e seu caráter. E alguns seguimentos sociais têm montado o homem como deve ser. Sem valores, sem forma, sem critérios e parâmetros. Um amorfo, ou seja, sem forma. Um desfiguramento daquele que devia ser a “imagem e semelhança de Deus”! (Cf. Gn 1:26).
Pe Cristiano Aparecido
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