sexta-feira, 20 de abril de 2012

A honestidade diante de Deus começa com a transparência

A transparência do coração deve nos governar, se quisermos ter um relacionamento honesto com Deus. 

Nada pode ser escondido do Senhor, mas muitas vezes vivemos como se nos fosse possível  esconder de Deus aquilo o que sabemos não ser agradável a Ele. 

Armar a nossa face com expressões fingidas de piedade e bondade para com aquelas pessoas que nós não desejamos conviver  é algo que não vai funcionar com Deus.

Não podemos esconder nem mesmo os nossos pensamentos mais íntimos de Deus, ainda que muitas vezes venhamos a agir como se isso  fosse possível. 

Se somos verdadeiramente desejosos de estabelecer um relacionamento com Deus, devemos começar por sermos honestos com nós mesmos, confrontando a parte do nosso eu que precisa ser mudado.

Honestidade consigo mesmo começa com confissão, revelando nossos pecados abertamente e sem reservas, para o nosso confessor.

 Porque é fácil a esconder a verdade de nós mesmos, e o papel do confessor torna-se ainda mais importante, pois o sacerdote age como testemunha diante  de Cristo, ajudando-nos a cavar mais fundo, expondo aquele pecado que precisa ser erradicado. 

É impossível dar continuidade a uma farsa quando nós revelamos nossos defeitos diante de uma testemunha, e através da direção espiritual que recebemos do confessor, temos a ajuda que necessitamos em nossa luta pela conversão de vida.

A transformação começa com a graça recebida de Deus, quando nós realizamos uma boa confissão, e essa nos ajuda a definir o rumo para a mudança. 

A transparência que nasce quando somos honestos com o nosso confessor, é como o ato de lavar uma janela , tornando-a transparente.  Assim, podemos ver através da janela pela primeira vez, e o nous se abre, abrindo então caminho para o Senhor fixar residência em nosso coração. 

Esta limpeza do nous é como limpar a poluição que nos manteve presos em um mau comportamento, e incapazes, ou talvez  mesmo por falta de vontade, de  olhar de muito perto o nosso eu, obscuro, corrompido. 

Com esta transparência vem a compunção, e com o remorso vem o dom das lágrimas, lavando  a sujeira que obscureceu o nous, e manteve  Deus distante.

No amor em Cristo, 

Abade Tryphon. 


Fonte :http://morningoffering.blogspot.com.br/

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