A Santa Igreja confessa o Espírito Santo como o Deus verdadeiro, Terceira Pessoa (Hipóstase) da Consubstancial e Indivisível Trindade Santa , Doador da vida .
A Igreja confirmou a sua esperança e fé no Espírito Santo como Deus, na definição do Segundo Concílio Ecumênico (Constantinopla, 381), que foi convocado para denunciar, entre outras coisas, a heresia de Macedonio que negavam a divindade do Espírito Santo. Esta definição foi inserida no Credo no seu oitavo artigo.
A Sagrada Escritura fala do Espírito Santo do início da Criação: A terra era sem forma e vazia e havia trevas sobre sua face, e o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas (Gen. 1:2).
Além disso na Sagrada Escritura o Espírito Santo é mencionado muitas vezes, revelando os Seus atributos divinos.
O Espírito Santo é o Verdadeiro Deus (Atos 5:3-4). Ele é glorificado em igualdade com o Pai e o Filho (Mat 28:19), Ele é Onisciente (João 14:26; 1 Cor. 2:10-11),Presente em toda parte (Rom. 08:09), Eterno (João 14:6) e Onipotente (1 Cor.12 :7-11).
A atividade criativa é inerente a Ele (Gn 1:2; Salmos. 32:6; Jó 33:4), Ele regenera as almas, purifica os homens de seus pecados e os santifica (João 3:5-6, 1 Coríntios. 6: 11), e é regaço da Providência (Sl 104:30).
O Credo chama o Espírito Santo de "O Doador da Vida", porque torna o homem, por obra da Sua atividade, em um participante na vida eterna em Deus. A propriedade distinta da Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo é que Ele procede de Deus Pai, que, segundo São Máximo, o Confessor, confere a Sua natureza única, pois da mesma forma que o Filho e o Espírito Santo permanecem uno e indivisível, são diferentes naquilo ao que são conferidos; pois a procissão do Espírito Santo do Pai não é idêntica a geração do Filho pelo mesmo Pai.
A procissão do Espírito Santo do Pai é eterna e é composta por bens pessoais do Espírito, que pertencem por si só a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
A Igreja tem preservado e continuará a manter inalterado o ensinamento da Igreja indivisa na propriedade pessoal do Espírito Santo a procissão eterna do Espírito do Pai,como na definição do Segundo Concílio Ecumênico e do ensinamento dos Padres da Igreja, no espírito e poder da Sagrada Escritura.
Ela preserva intacta a formulação do Credo, tal como estabelecido pelos dois primeiros Concílios Ecumênicos. Os Padres dos Concílios Ecumênicos seguintes proibiram qualquer alteração no Credo através da adição ou dedução de quaisquer novas palavras.
Como ensina a Sagrada Escritura, o Pai cria tudo pelo Filho no Espírito Santo.
Segundo São Cirilo de Alexandria, é o Pai que age, mas pelo Filho no Espírito, o Filho também age, mas pelo poder do Pai, na medida em que Ele É a Sua própria Segunda Pessoa . O Espírito também age, porque Ele é o Todo-Poderoso Espírito do Pai e do Filho.
O Espírito Santo participou com o Pai e com o Filho na criação do mundo, pois pela palavra do Senhor foram feitos os céus e todas as suas hostes pelo sopro da Sua boca (Sl 33:6), e o homem (Gênesis 1:26-27).
O Espírito Santo deu testemunho de Si mesmo através dos profetas e os escolhidos de Deus proclamaram a Verdade do Senhor para o Seu povo divulgando a vinda do Messias.
Nenhuma profecia foi criada pelo impulso do homem, mas sim, os homens, movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus (2 Ped. 1:21).
A ação do Espírito Santo nunca deixou o mundo, mas foi só com a vinda de Cristo, o Salvador do mundo que a plenitude da graça salvadora de Deus fez-se acessível aos homens. E da Sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça (João 1:16).
O Espírito Santo foi revelado ao mundo de uma maneira especial no dia da fundação da Igreja de Cristo, no Pentecostes, quando Ele desceu sobre os Santos Apóstolos sob a forma de línguas de fogo (Atos 2).
A partir desse momento o carisma do Espírito Santo habita na Igreja, como testemunha o próprio Cristo:
"E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade" (João 14: 16).
Tudo na Igreja está cheia do Espírito Santo. A ação da Sua graça habita em cada sacramento da Igreja e se estende a todas as formas de culto divino.
Na Sagrada Eucaristia, o momento supremo santificante da vida litúrgica da Igreja, nas orações e ritos, tudo esta ligado, sobretudo a invocação do Espírito Santo.
A Igreja ensina que através da Santa Comunhão, podemos comungar com o Espírito Santo, que, depois de ter consumido os Santos Dons, temos o Cristo vivo em nossos corações e nos tornamos templos do Espírito Santo.
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