sábado, 15 de novembro de 2014

15 DE NOVEMBRO PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA



No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca tendo convocado a noite na sua casa a Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva e Aristides Lobo teria falado: "Digam ao povo que a República está feita". Na verdade fazer a República é uma tarefa e uma construção constante, que requisita empenho, educação e virtudes de parte dos governantes e dos cidadãos.

Nos últimos tempos em meio a corrupção crescente e crônica, o espírito público tem sido esquecido ou ficou totalmente enfraquecido. Tornam-se tão necessárias como leis que garantam o controle e a transparência a vivência e a prática de virtudes republicanas, pois como afirma o hino rio-grandense, povo sem virtude é povo escravo. Recordar a importância da probidade, da lisura administrativa, da honra e do bom nome, a igualdade de todos perante a lei, a impessoalidade e imparcialidade, o desejo de servir ao bem comum.

O resgate da ética na política é urgente e prioritário para desencorajar fascínoras que se usam da política como um trampolim para assaltar os cofres públicos, ou ainda aqueles que tornam o Estado com o perdularismo, um cabide de empregos para quem não quer trabalhar.

Ser republicano significa abrir mão de privilégios e interesses escusos para ter como único horizonte a cidadania como um sacrifício e uma vigilância constante a serviço da grandeza nacional e do desenvolvimento integral. Em quanto não compreendamos que como afirmava o estadista John Kennedy: "Em vez de pensar o que o pais pode-me dar, devemos nos questionar o que posso fazer pelo meu pais?” ,estaremos imersos e atolados na lama de uma política realizada sem ideais, sem princípios, visando o poder pelo poder. 

Que ao celebrarmos um novo aniversário da Proclamação da República, digamos bem alto para nossa consciência: "Eu não vou permitir mais que a minha Pátria seja lesada, que o Estado esteja nas mãos de quem não honra a função pública, não ficarei mais indiferente ante o desvio de dinheiro e a corrupção administrativa ". Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos

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