segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ser Professor: Uma arte ou uma vocação

“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”
(Paulo Freire)


Possuir conhecimentos, ter idéias, edificar pensamentos, argumentar opiniões, tomar decisões, afastar dúvidas, é parte integrante do ser humano. É o que aconteceu com um simples professor, não obstante os poucos recursos, em sua metodologia de ensino. Sua arte de dirigir fez história no coração dos alunos, tanto que, ainda hoje, é lembrado como herói no seu jeito de fazer do livro, da sala de aula, a beleza de que vale a pena investir na educação deste país. Por isso, ministrar conhecimentos é um dom, para além de uma habilidade. Provam isso, os grandes desafios da hodiernidade.
Com tantas tecnologias os grandes manuais foram desaparecendo ou sendo lembrados, simplesmente, em consultas. O livro quando passa de um número de páginas parece assustar. Hoje, o mais viável é a apostila ou os simples apontamentos. Adestrar, treinar e doutrinar a pessoa para o estudo, não é nada fácil. Que o digam os professores. Mesmo assim, não podemos cair na vulnerabilidade de sentimentos contraproducentes em nossa vida pessoal e profissional. Já nos diz Francis Bacon: “A leitura faz o homem mais completo; a conversa, mais ágil, e o escrever, mais preciso”. Eis a história que pode ser lida no livro de Betuel Cano, no seu volume n.º1, ética: arte de viver.
Santa Teresa D'Ávila
Padroeira dos Professores
As pessoas, ao se referirem a ele, diziam que tinha uma mística, uma vocação e um modo estranho de... dinamizar a aprendizagem. Em matemática ensinava a honestidade, dizendo que se deve aprender a fazer contas e usar os números para não se enganar nem enganar ninguém. Ensinava a multiplicar serviço, a somar cooperação, a subtrair má-vontade e a dividir lucros e virtudes entre todos.

Associava a matemática com as disciplinas sociais, relacionando as operações ao tempo e ao espaço. Fazia viagens geográficas pelo mundo e pela história ressaltando a bondade dos protagonistas. Valorizava não só os inventores, os líderes e os generais, mas também os soldados, os indígenas, os comerciantes e os lavradores. Ensinava a amar a arte, os artistas, as obras e os artesãos; mostrava a beleza da natureza e a relacionava com a gratidão de Deus. No balbuciar de suas simples palavras, unia a vida do universo com a do ser humano e com a de todas as criaturas na área das ciências naturais. O heroísmo deste professor estava na simplicidade.

Na prudência, usando sinônimos, antônimos e conjugações, mostrava a importância da comunicação, expressa com palavras, otimistas, respeitosas e tolerantes. Na área do desenho, deixava voar a imaginação com os símbolos que tivessem significado para a vida, a família, a pátria, a identidade e o sentido de pertencer à mãe-terra. Em sua criatividade, acreditava na brincadeira levando aos alunos momentos lúdicos que enchiam a aprendizagem de alegria e espontaneidade. A ação educacional, deste professor, pela narrabilidade de aglomerar seus brilhantes efeitos pedagógicos, unia os valores a todas as disciplinas, costurando conhecimentos dando consistência a todos eles.

E nós, professores, como estamos lidando com arte de educar, enfrentando os desafios da modernida? Prezado educador, nunca desanimes, pois, tua história um dia pode ser contada, como a deste professor da escola do sítio. Assim, nas palavras de Jesus, serás “caminho, verdade e vida” (Jo 14, 6) para tanta gente. No livro de Betuel Cano, deparamo-nos com grandes idéias que aos poucos gotejam, em nosso ser, um oxigênio particular, banhando-nos de uma prestabilidade, toda especial, para alicerçar o sério da instituição educacional que educa e forma para a vida. Pense nisso.


Côn. Manuel Quitério de Azevedo
Professor do Seminário de Diamantina e da PUC – MG
Membro da Academia de Letras e Artes de Diamantina – MG

Fonte: http://www.entreredes.org.br/



Num sítio havia uma escola com um único professor que tinha a responsabilidade de ensinar todas as disciplinas. Este professor tinha três qualidades na arte de educar e, com certeza, uma porção de desafios. Em sua obra de fé, tinha a confiança, auto-estima e dedicação. Um algo que chamou a atenção de Betuel é que este professor não era especializado em nada, mas preparava muito bem suas aulas para cumprir com eficiência seu trabalho.


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