quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Análise da situação política em Guarulhos


Há dias acabamos com uma etapa do período eleitoral e daqui a poucos dias vamos cumprir a segunda etapa, visto que não foi possível eleger um prefeito no primeiro turno, mas muito além do número de votos válidos que receberam todos os candidatos o que mais chamou a minha atenção foi o número absurdo dos votos brancos, nulos e abstenções nesta eleição em Guarulhos.

Os candidatos tiveram a seguinte colocação: Almeida obteve 283.864 votos (49,64%) Carlos Roberto167.894 (29,37%),Wagner Freitas (PP)54.097 votos (9,46%), Jovino Cândido (PV) 31.273 votos (5,47%) e Alan Neto (DEM) 28.235 (4,94%). Ederaldo Batista (PSOL) e Joel Paraela (PSTU) com menos de 1% cada.

Supreendentemente as abstençõesforam119.223 (14,44%), votos nulos 74.333(10,52%) e 60.482 brancos (8,56%), juntando tudo equivale a 254.038 votos (33,52%) que não foram dados a ninguém. Isto quer dizer na prática que são mais votos que o segundo colocado e quase tantos votos quanto o primeiro colocado e, ainda mais, é um número superior à soma total dos outros mais bem colocados. Motivo justo de reflexão e de preocupação pela atual situação.

Um amigo chamou a minha atenção para um outro detalhe que eu deixado passar: temos que computar ainda que somando os votos nos adversários: 167.894+ 54.097+ 31.273 + 28.235 = 281.499 +254.038 (votos nulos, brancos e abstenções), temos um total de 535.537 contra ou descrentes, ou seja, quase 2/3 (dois terços) do povo guarulhense está contra a política local.

De um lado temos uma considerável parcela do povo que não acredita mais em melhorias e mudanças na situação política do município, por outro temos a situação dos políticos que ainda não aprenderam que um bom governo é aquele que se faz para o povo e com o povo.

Essa grande quantidade de votos (nulos, brancos e abstenções) é um recado bem claro e que não deve ser ignorado. Serve para questionar se temos ou não boas opções de voto. Serve também para que osfuturos candidatos e, mesmo os que foram escolhidos e aquele que deseja ocupar o espaço do Paço Municipal, comecem a repensar a importância de serem eleitos e, assim tenham a coragem de realmente trabalhar pelo povo.

Espero que chegue o dia em que o voto não seja obrigatório para ver esses políticos rebolarem a fim de conseguirem conquistar os nossos votos. Sem trabalho, sem voto. Sem competência para exercer um cargo, que fique longe deste cargo.

Outro dado interessante: a renovação que houve na nossa Câmara Municipal. Dos 34 vereadores, 20 deles são novos e apenas 14 foram reeleitos. Será que estamos aprendendo a não reeleger que nada fez em 4 anos? Esperança minha!  Trabalhando se conquista!Acredito que isto já é um bom recado para os novos edis (vereadores) e o novo prefeito da Cidade.

Agora está em nossas mãos a decisão do 2º turno. As urnas estarão a nossa espera para dizer o que pensamos e o que queremos de verdade para a nossa Cidade. Façamos tudo com consciência! Não seja omisso (a) no seu compromisso de transformação.

Fraternalmente.
Pe. Alexandre.

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