sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A VIDA NO PLANETA

Nossa casa comum 

O apóstolo São Paulo dizia: “... sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores do parto até o presente” (Romanos 8,22). As questões ambientais representam um tema de ampla preocupação da sociedade, principalmente quando se consideram problemas globalizados, como a poluição dos oceanos, a destruição da camada de ozônio e o aquecimento da atmosfera pelo efeito estufa.

Existem, entretanto, outras dimensões não globais da questão ambiental que se encontram muito mais próximas de nossa realidade, e para as quais, nem sempre estamos atentos: a rua em que moramos, nossas casas, o local de trabalho e até nosso organismo são também ambientes que merecem ser cuidados, com a mesma preocupação que temos na conservação da natureza.

O aquecimento global nada mais é do que a reação às nossas ações. A natureza não vai amenizar sua explosão de energia e há indícios científicos de que as coisas possam piorar. Quem tem que mudar somos nós.

Os principais problemas do ambiente urbano estão relacionados com o acúmulo de detritos, principalmente o lixo doméstico, a poluição sonora e do ar, a falta de saneamento e a deteriorização generalizada das relações sociais, consequência da falta de segurança, da pressa, da competição e do individualismo em que mergulhamos na busca de nossa sobrevivência.

Embora a solução de alguns desses problemas seja de competência do Estado, é importante lembrar que, enquanto indivíduos e cidadãos, somos também responsáveis pela qualidade de vida e podemos contribuir para a melhoria com atitudes simples e conscientes no dia a dia, como: não jogar lixo na rua, racionalizar o uso do carro e adotar uma postura de maior interesse ao próximo.

Compreender a natureza e seu equilíbrio, ao mesmo tempo delicado e dinâmico, ajuda-nos a compreender a nós mesmos enquanto seres vivos a ela integrados. Já que não vivemos num ambiente exatamente natural, como é o caso das grandes cidades, verdadeiras selvas de pedra, devemos tornar esse ambiente o mais saudável possível, e nos preocupar, sobretudo, com nosso ambiente interior, físico e mental, para que, a partir desse respeito a nós próprios, e ao próximo, saibamos também respeitar os limites da natureza.

Maria Inez de Andrade Aires
                             Psicóloga 

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