segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O católico e a política


Caríssimos irmãos e irmãs, como católicos não estamos e nem devemos ficar alheios à vida política e nem sobre o nosso dever de participar dela. Somos cidadãos responsáveis, não só por nós, mas pelo bem de todos. Diante da situação de corrupção em que se encontra o nosso país, a nossa vontade é não querer saber de política, pois confundimos política com os políticos que fazem as coisas erradas.

Quando deixamos de exercer os nossos direitos e deveres, os maus políticos tomam contam e fazem da política o que bem querem. A solução contra a corrupção não é abandonar a política, porém participar e levar para dentro dela os princípios e valores cristãos que estão em falta na vida das pessoas e na sociedade.  

Jesus nos disse que somos sal terra e luz do mundo (Mt 5:13-16).  Esta afirmação deve ser aplicada em todos os setores da nossa vida, isto inclui também a vida política.  

O sal serve para dar sabor e conservar, assim quando se trata da vida política Ser sal significa preservá-la e nos preservar da corrupção que se manifesta da várias formas que vai desde aqueles que estão envolvidos nos grandes esquemas de roubo do dinheiro público, passando por aqueles que lhe “antigamente” ofereciam dinheiro em troca de seu voto, como por exemplo:  pagar para adesivar o seu carro; dar a gasolina durante do mês, pagar um aluguel para colocar uma placa de propaganda no seu portão, etc. Quem se deixava corromper desta forma, tornava-se pior do que aqueles que queriam comprar o seu voto.

Ser luz é deixar-se guiar pelo Espírito Santo. A luz permite que vejamos a verdade; ela permite que não fiquemos cegos diante da realidade e lutemos contra as trevas que querem apagar a chama do Espírito que habita em nós. Ser  iluminados leva-nos também a iluminar o lugar em que habitamos, ou seja, precisamos expulsar da sociedade as obras diabólicas que tanto destroem a vida do ser humano.

Se um candidato ou partido não respeita a VIDA da concepção até o seu fim natural, essa pessoa e esse partido não deve receber voto de um (a) católico (a) temente a Deus. Faz-se necessário olhar com clareza sem deixarmo-nos seduzir pelas paixões e pelas mentiras que são apresentadas nas campanhas eleitorais. Quantas promessas são feitas!

Devemos examinar quem são os candidatos, qual o seu passado, qual a sua trajetória de vida e ver se realmente ele (a) é digno (a) de receber o nosso voto. Sabemos das tristes histórias pelas quais já passamos, mas não podemos deixar de exercer um direito que é nosso.

Os católicos podem votar livremente, a nossa Igreja não obriga seus fiéis a votar em determinado candidato, porém devemos votar em pessoas que sirvam sinceramente ao bem comum do nosso Município de Guarulhos. Precisamos escolher pessoas que saibam, tenham e defendam os princípios éticos e morais, principalmente os que nos são propostos pela Doutrina Social da Igreja. Pessoas que tragam esperança e luz para a vida de tantas pessoas desprezadas por um grupo que ainda não aprendeu a repartir.

Vou um pouco mais além; Por consciência não posso dizer em quem você vai votar, mas posso dizer que católico deve votar em católico, pois destes poderemos cobrar adiante; devemos ter gente nossa dentro do cenário político e, mais precisamente da nossa Câmara Municipal. Não tenha medo do que aconteceu no passado, perdoe! Mas não vote em quem não foi fiel ao batismo que recebeu e nem as promessas que fez. É tempo de renovação, é tempo de mudança; tudo esta aí em suas mãos. Não seja omisso, omissão é um pecado grave.

Que Deus nos abençoe e nos proteja hoje e sempre. Fraternalmente


Pe. José Alexandre


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