sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Eles ainda continuam sendo mortos: aborto

Santos Inocentes
 
 
Evangelho segundo São Mateus (2, 15-23)
 
Ao ver-se enganado pelos magos, Herodes se enfureceu e mandou matar, em Belém e seus arredores, a todos os meninos menores de dois anos, de acordo com a data que os magos lhe haviam indicado. Assim cumpriu-se o que havia sido anunciado pelo profeta Jeremias: "Em Ramá se ouviu uma voz, houve lágrimas e gemidos: é Raquel, que chora seus filhos e não quer que a consolem, porque já não existem".
 
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Matança dos Inocentes - Giotto - Capela
dos Scrovegni - Pádua - Itália
Quando morreu Herodes, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, que estava no Egito, e lhe disse: «Levanta, toma o menino e sua mãe, e regressa à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menno». José levantou-se, tomou o menino e a sua mãe, e entrou na terra de Israel.
 
Porém, ao saber que Arquelao reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir ali e, advertido en sonhos, retirou-se para a região da Galileia, onde se estabeleceu em uma cidade chamada Nazaré. Assim cumpriu-se o que havia sido anunciado pelos profetas: "Será chamado Nazareno".
 
 
Matança dos Santos Inocentes
 
 
No segundo capítulo do Evangelho de São Mateus encontramos a narração das circunstâncias da fuga da Sagrada Família de Belém para o Egito. Foi um êxodo, um fato histórico relacionado com a perseguição ordenada por Herodes, o Grande, que tinha como objetivo matar o Menino Jesus.
 
 
Nesta ocasião, José, o pai adotivo que protegia a vida do Menino Jesus, fugiu levando consigo Maria e seu Filho. Ele foi inspirado em sonhos por um Anjo e marchou para o Egito, onde, segundo a tradição, refugiaram-se durante seis meses no monte Qusqam, sendo acolhidos pelos habitantes da região.
 
 
É assim que a terra do Egito, que hospedou Jesus na sua primeira infância junto com sua Mãe Nossa Senhora e o pai São José, pode ser considerada como Terra Santa, pois, foi lugar de passagem e de presença de Nosso Senhor.
 
 
Após algum tempo, finalmente, uma nova aparição do Anjo, em sonho, anuncia a São José a morte de Herodes. A Sagrada Família pode, então retornar para a terra de Israel.
 
 
Na narração da fuga da Sagrada Família para o Egito, três versículos (Mt 2,16-18) descrevem a ferocidade do rei Herodes, que, para matar Jesus, decidiu exterminar todos os meninos de dois anos para baixo que viviam em Belém.
 
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Este acontecimento pode ser interpretado como sendo um preludio das grandes perseguições dos mártires durante os primeiros séculos. Com a matança de inocentes, Herodes quis sufocar toda possibilidade de perigo que o levasse a perder seu domínio absoluto. E, para ele o Messias representava uma grande ameaça.
 
 
São Mateus interpreta a historia da matança dos inocentes sob o ponto de vista do plano salvífico de Deus e a intende em um sentido profético como sendo o cumprimento das Escrituras.
 
 
É por isso o evangelista faz referencia ao profeta Jeremias, que se narra o lamento da matriarca Raquel pelo povo de Israel, levado ao exílio na Babilônia: «um grito se ouve em Ramá, pranto e lamentos grandes; é Raquel que chora por seus filohos e recusa o consolo, porque já não vivem» (Mt 2,18; cf. Jr 31,15). Para Mateus, os meninos assassinados em Belém representam o povo de Israel e a dor vivida pelas mães é a dor do povo que não reconheceu o Rei-Messias. (JS)

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