segunda-feira, 23 de junho de 2014

Santidade em foco


Madre Maria Teresa

Dulce Rodrigues dos Santos nasceu em São Paulo, em 1901. Ainda jovem, nutria o desejo de dedicar-se à vida religiosa, porém sua saúde era frágil e aos 21 anos, com tuberculose, mudou-se com sua mãe para São José dos Campos. Mesmo tento um físico frágil e delicado, Dulce não abandonou o seu anseio por seguir a Deus e abraçou a vontade do Senhor. Durante sua recuperação, a jovem Dulce preocupava-se com a saúde daqueles que chegavam às pensões em busca de tratamento. Assim, já reestabelecida, começou a oferecer aos doentes um pouco de conforto, visitando-os, levando-lhes boas leituras e sua caridade.
Outras jovens uniram-se à Dulce na missão, surgindo, assim, um pequeno pensionato, no qual os doentes encontravam não apenas o tratamento para sua enfermidade, mas também o calor e alegria advindos da Palavra de Deus.
Dom Epaminondas Nunes D’ávila e Silva, bispo da Diocese de Taubaté, a qual pertencia São José dos Campos, soube, através do Pe. Ascânio Brandão, dos trabalhos realizados pelas jovens e chamou Dulce para uma conversa. Ali, ambos entenderam que compartilhavam o mesmo desejo de servir a vontade do Senhor. Então, Dom Epaminondas pede a Dulce que escreva seus propósitos e o entregue. Aos pés da Virgem, a jovem escreveu o que seria mais tarde a espiritualidade e a maneira de ser da Pequena Missionária.
Em 15 de agosto de 1932, para que a obra se concretizasse e perdurasse pelo tempo, Dom Epaminondas transformou-a na Associação Pia e autorizou as jovens a usarem um uniforme. Na época, a associação contava com cinco associadas, entre eles a Dulce. Mais tarde, em 8 de dezembro de 1934, as missionárias receberam seus hábitos religiosos e a Associação Pia passou a chamar-se Congregação Religiosa. As constituições escritas por Dulce, a qual as irmãs já chamavam de Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, foram enviadas a Roma.
A Santa Sé, pela voz do papa Pio XI, concede a aprovação pelo Decreto de Beneplácito. Assim, em 8 de novembro de 1936, o segundo bispo de Taubaté, Dom André Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, faz a Ereção Canônica da Congregação. Em 21 de novembro do mesmo ano, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, confirmada como a Mãe do Instituto, faz seus votos perpétuos. Em 6 de dezembro, a Madre é empossada no cargo de superiora geral e impõe o véu às noviças que deviam iniciar o noviciado canônico. As primeiras irmãs do Instituto, nas mãos da Madre, são dispensadas no noviciado. Assim, a congregação, já inserida na Igreja, segue sua trajetória.
Muitas vocações foram chegando e as Irmãs foram solicitadas para novas fundações. Instalaram-se novas comunidades em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e mais recentemente, após o falecimento de sua fundadora, no Distrito Federal e Santa Catarina, além de duas Comunidades em Portugal. Sempre na vanguarda de sua pequena grei, Madre Maria Teresa foi uma alma de mãe, de pastora, de apóstola. Viu espalhar-se para a glória de Deus a sua Congregação. Em 11 de fevereiro de 1952, Madre Teresa teve a alegria que é dada a poucos fundadores: ver concedido à Congregação o Decreto de Louvor, tornando-a Pontifícia. E ainda mais: em pleno Concílio Vaticano II, aos 8 de dezembro de 1964, recebeu de S. Santidade o Papa Paulo VI a aprovação definitiva do Instituto, como confirmação de que a Congregação, seu espírito, suas obras, suas atividades e objetivos estão perfeitamente dentro do espírito da Igreja e atingem as necessidades atuais do mundo e as exigências da evangelização.
Aos setenta anos, em 8 de janeiro de 1972, após um período curto de enfermidade, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, tendo cumprido fiel e amorosamente sua missão, partiu para a Casa do Pai. Seu testamento, deixado poucas horas antes de morrer, diz da certeza de um ideal conquistado: “Sejam santas! Sejam fiéis ao Papa, à Igreja e às Constituições! Amem muito o Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora! Sejam unidas e assim serão felizes!” Suas filhas espirituais e continuadoras de sua obra sentem que, em Deus, sua luz que é a do próprio Deus, continua a guiá-las.

Fonte: Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada (com adaptações).

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