1) A Instituição do Sacramento da Penitência
- Jesus Cristo, no seu amor, vem em auxílio do
pecador por meio de um Sacramento especial. Durante sua vida terrena, perdoou
aos pecadores arrependidos, e na Cruz expiou a culpa de toda a humanidade. No
dia da sua Ressurreição, deu aos Apóstolos e aos seus sucessores no sacerdócio,
o poder de perdoar os pecados em seu nome. Instituiu assim o Sacramento da
Confissão ou Penitência e o confiou à sua Igreja. “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu.
Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão
perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (João 20:19-23).
2) Quando devemos nos Confessar? - Devemos nos
confessar com frequência. Isto é uma coisa ótima, porque este sacramento além
de apagar os pecados, dá as graças necessárias para evita-los futuramente.
Segundo os Mandamentos da Igreja devemos confessar no mínimo uma vez por ano, mas
seria muito bom se não ficássemos adiando esse dia, pois senão acabamos por
esquecer e quando damos conta lá se foi o ano.
3) A Forma e a Matéria da Confissão - Jesus
Cristo ordenou que no Sacramento da Confissão, os pecados fossem perdoados ou retidos,
ou seja, não perdoados ou deixados para uma próxima Confissão. Cabe ao Padre
julgar, como juiz que ele é, se há verdadeiro arrependimento. Como o Padre não
pode adivinhar os nossos pecados, nós devemos confessá-los, ou seja,
declará-los, dizê-los claramente, sem esconder nenhum deles. Os nossos pecados
assim ditos diante do Padre constitui a matéria
do Sacramento da Confissão. Depois que confessamos, arrependidos, os nossos
pecados, o Padre nos absolve com as
palavras da forma do Sacramento: Eu te absolvo dos teus pecados em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
4) Os efeitos da Confissão - Quando o
Sacerdote nos absolve, Jesus Cristo, nosso Redentor, nos perdoa todos nos
nossos pecados. Nós, que estávamos afastados de Deus pelo pecado, somos
reconciliados com o Pai Celeste, pelo perdão do pecado e da pena eterna. A
Confissão nos restitui, nos devolve a graça santificante, a amizade de Deus,
bem como os méritos que perdemos por causa do pecado. A Confissão nos traz
muitas forças para não mais pecar.
5) Exame de consciência - Devemos
rezar ao Divino Espírito Santo para que Ele nos ilumine sobre nossos próprios
pecados. Refletimos, procuramos nos lembrar de todos os pecados que cometemos
desde a última Confissão. Podemos ter ofendido a Deus por pensamentos, por atos
pecaminosos, por omissões no nosso dever. Devemos nos lembrar do pecado, mas
também do número de vezes que o cometemos e de alguma coisa que possa ter
agravado ou diminuído a gravidade do pecado. Tudo isso devemos dizer ao Padre. Quando
já sabemos o que vamos dizer ao Padre, nos aproximamos do confessionário com
respeito e recolhimento. A Confissão é uma cerimônia
religiosa, um rito, e não uma conversa com o Padre. Estamos ali diante de
Deus.
6) No confessionário - Pedimos a
benção ao Padre, dizemos quando foi nossa última Confissão, e dizemos todos os
pecados, uma após o outro, com o número e algum detalhe importante, sem alongar
muito os detalhes que nos levaram a cometer o pecado. Se for necessário algum
detalhe a mais, o Padre perguntará. Não podemos esconder nenhum pecado grave,
pois isso tornaria a Confissão inválida e estaríamos abusando da bondade de
Deus. Muitas pessoas, por vergonha, escondem algum pecado. O Padre, que não
pode adivinhar, dá a absolvição, mas Deus não perdoa uma alma mentirosa. Depois
aquela pessoa vai para a Missa e ainda comunga, cometendo o pecado de
sacrilégio. Tenhamos sempre sinceridade nas nossas confissões.
Quando
terminamos de confessar, ouvimos os conselhos do Padre. Sempre aprendemos
alguma coisa boa para nossa alma nesta hora. Prestemos muita atenção! E
procuremos agir segundo estes conselhos, principalmente quando se trata de
reparar algum mal causado aos outros, como pedir desculpas a alguém, devolver
algo roubado, etc. O Padre, nesta hora, nos dará a penitência, que rezaremos
assim que possível, de preferência logo após a Confissão, em união à Paixão de
Nosso Senhor. Depois, ele nos manda rezar o Ato de Contrição.
Que Deus
não permita que nos afastemos algum dia da prática da Confissão regular, meio
seguro de alcançar a salvação eterna!
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