A
nossa caminhada ao longo do ano é marcada por acontecimentos que nos envolvem.
Sejam eles alegres ou mesmo tristes. A celebração de um nascimento na família, por
exemplo, faz congregar todos os parentes e amigos, num ritual próprio.
Esta
alegria ganha expressões variadas com aniversários e conquistas familiares. Mas
não somente a alegria marca a vida do ser humano, também existem os momentos de
dificuldades e de tristezas que a família tem que lhe dar com eles. Em todos estes momentos há um ritual que
começa por congregar os membros da família e por fortalecer ainda mais as
relações. Mas nos identificamos com aquilo que foi dito acima? A sua família
como está?
Comecemos
por olhar a sociedade. Em suas transformações vemos instaurar-se novos valores.
Entre eles a nova forma de ver as relações de familiaridade, amizade e namoro.
Pensemos que antigamente a família se reunia constantemente para refeições,
sentava-se a mesa e havia um diálogo caloroso onde se partilhava sonhos e esperança.
É o que vem acontecendo hoje? Com tristeza diremos não! Cada vez mais a alegria
da reunião festiva da família dá lugar a um individualismo e um isolamento.
Os
novos meios de comunicação para facilitar nossa vida se tornaram uma forma de
“muro de separação”. As televisões, o computador, são grandes vilões destes
isolamentos. Não estou dizendo que são ruins, pelo contrario eles oferecem uma
grande contribuição à humanidade. Mas se não usados com moderação destroem
lares, dividem famílias, matam vidas.
Uma
televisão na sala, uma no quarto dos filhos, outra no do casal e pronto só se
vêem de vez em quando. O computador por sua vez liga pessoas de países
diferentes, do extremo da terra, mas afasta pessoas que residem na mesma casa.
É! Perdemos o sentido de ser família. Mas o que é ser família? Como podemos
pensar a família como lugar de vivência fraterna se não se encontram os seus
membros? A família está pedindo socorro e é fácil escutar seus gritos.
Diremos
que a família é santuário da vida, lugar do acolhimento, da alegre vivência do
amor, da solidariedade e do comprometimento uns pelos outros. É lugar de pais
zelosos com a educação de seus filhos, lugar de filhos obedientes aos pais. De
homens e mulheres que acolheram a proposta de Deus e se tornaram com Ele
co-criadores. É lugar da doação mutua da reciprocidade do amor. É lugar do: EU
TE AMO FILHO! DO EU TE AMO PAI! EU TE AMO MÃE! EU TE AMO MEU IRMÃO!
Não
permitamos ser enganados pela proposta que a sociedade nos apresenta. Família é
um sonho de Deus concretizado por homens e mulheres de coragem. Que sabem
vencer as dificuldades com uma boa doze de certeza que o amor tudo constrói!
Tenhamos na cabeça a lembrança cantada por Padre Zezinho: “Das muitas coisas do
meu tempo de criança, guardo vivo na lembrança o aconchego do meu lar. No fim
da tarde quanto tudo se aquietava a família se ajuntava lá no alpendre a
conversar”.
Não
nos entristeçamos se a nossa família ainda não vive este ideal. Lutemos para
que um dia possamos experimentar esta realidade. É possível, sim eu lhes digo
que é possível, pois Deus é família e nos convida a viver como família.
“Abençoa
Senhor as famílias, amém”.
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