Exemplos de práticas penitenciais para o tempo da Quaresma.
O Silêncio
Pode-se escolher um dia da semana e fazer o máximo de silêncio que for possível. O silêncio torna mais sensíveis os sentidos do nosso corpo e da nossa alma e mortifica também a nossa vã tagarelice e nossa curiosidade excessiva.
“Falando muito não fugirás ao pecado”
“A morte e a vida estão em poder da língua” (Provérbios 18,21)
Diz a Regra de São Bento:
“Preservar a boca de palavras más ou perniciosas;
Não gostar de falar muito;
Não dizer palavras vazias ou que apenas provoquem o riso;
Não gostar do riso excessivo e barulhento.”
(Quais são os instrumentos das boas obras. Capítulo 4)
“Quanto às brincadeiras, palavras ociosas e as que apenas provocam risos, nós as condenamos, em todos os lugares, a uma eterna clausura, e não permitimos ao discípulo abrir a boca para tais palavras.”
(Do silêncio. Capítulo 6.)
Diz a Imitação de Cristo:
Mais satisfação dará a pura e boa consciência que a douta filosofia. Mais valerá o desprezo das riquezas que todos os tesouros da terra. Mais te consolará a lembrança duma devota oração que a de inúmeros banquetes. Mais folgarás de ter guardado silêncio, do que de ter falado muito. Mais valor terão as boas obras que as lindas palavras. Mais agradará a vida austera e árdua penitência que todos os gozos terrenos.
Aprende agora a padecer um pouco, para poupar-te mais graves sofrimentos no futuro. Experimenta agora o que podes sofrer mais tarde. Se não podes agora sofrer tão pouca coisa, como suportarás os eternos suplícios? Se tanto te repugna o menor incômodo, que te fará então o inferno? Certo é que não podes fruir dois gozos: deleitar-se neste mundo, e depois reinar com Cristo.
(Livro I, Capítulo 24: Do juízo e das penas dos pecadores)
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